ALGARAVIAS de Waly Salomão

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Você tem fome de quê?


Com certeza outras crônicas já foram escritas usando este trecho da música dos Titãs como pretexto ou inspiração. Não farei diferente, quem sou eu. O tema é bom e imprevisível.

Eu tenho fome de justiça. É tanta coisa errada que a gente vê por aí. Nosso trabalho, dentro da própria família, com o mendigo na calçada, o povo árabe, o povo judeu, minorias e maiorias (por que não?), presídios lotados, hospícios lotados, escolas esvaziando.

Eu tenho fome de cultura. Precisamos de coisas de mais qualidade na TV, mas também precisamos ficar menos tempo diante dela. Convenhamos. Ler é sempre uma ótima pedida e uma excelente alternativa. Qual foi a última vez que você foi ao teatro? Consegue lembrar de cabeça o nome dos dois últimos livros que leu para me recomendar? Não leu nada ainda este ano? Xiii... melhor rever conceitos, até porque você não vai querer que uma má intencionada mídia lhe diga, inclusive, o que pensar. Vai? Ficou na dúvida? Xiiii...

Eu tenho fome de espiritualidade. Gostaria de me dedicar um pouco mais para momentos de introspecção, recolhimento, meditação e prece. Gostaria de ser menos acomodado e menos hipócrita quando rezo (pelo menos admito a hipocrisia). Já faz tempo que não acredito que Deus é um velhinho de barba e cabelo branco. Muito tempo... Gostaria de encontrar com mais frequência o pouco de Deus que há em mim, e deixá-lo se manifestar com mais frequência e intensidade... Fome de fé...

Eu tenho fome de amor. Eu tenho fome de amor? Não, com certeza não. O amor DELA me sacia. Mas ao mesmo tempo que me sacia, me abre o apetite.

Que delícia de círculo vicioso, não?

(B.A.S.)

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