ALGARAVIAS de Waly Salomão

ALGARAVIAS de Waly Salomão
ALGARAVIAS de Waly Salomão

sábado, 4 de outubro de 2014

EU ME CHAMO ANTONIO de Pedro Antonio Gabriel Anhorn


País de origem: BRASIL


Este é um livro obra de arte, despretensioso, por isso mesmo, poético.

Pedro Gabriel em sua vida boêmia arrisca, com conhecimento de causa, poesias, silogismos, quase-provérbios e pensamentos. Tudo em guardanapos de seu bar preferido, devidamente digitalizados para as páginas do livro.

Pedro-poeta brinca de beber e cantar versos.

São dele as frases de guardanapo: “Não corra atrás de quem não quer andar ao seu lado”. “Sonhe alto. O máximo que pode acontecer é você realizar um sonho à altura”.

Leia e divirta-se, para ontem!

(B.A.S. – 26/05/2014)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

SAGRADA FAMÍLIA de Zuenir Ventura.



País de origem: BRASIL

Maravilhoso romance de Zuenir Ventura nos revela todas as nuances de hipocrisia que aqueles que se revelam defensores da moral e dos bons costumes costumam desenvolver.

A família, para quase todos, é algo sagrado. A sabedoria dos mais velhos, o conselho do padrinho, os maus exemplos de primos próximos que não devem ser seguidos, a defesa dos seus não importando o crime.

Nosso protagonista-narrador, Manuéu (com “u” mesmo) vive o ideário de uma sagrada família. O menino Manuéu vai se tornando adolescente e percebe que a moralidade familiar é uma parede de vidro bem fina, frágil, pronta para quebrar. Membros familiares, símbolos da moralidade, são protagonistas de histórias de devassidão, culpa e “descaminhamento”.

Parcialmente alheio a isso, Manuéu vai crescendo, deixa a cidade em que viveu todas descobertas e vai para a capital estudar.

Já formado em medicina, casado, volta para Florida (cidade fictícia da região serrana do Rio) como turista de sua própria história, querendo mostrar para sua mulher o berço de suas lembranças.

A fina parede de vidro se quebra totalmente. O que será que Manuéu descobriu?

Leitura de poucos dias, a galope. História leve, bem-humorada e humana.

(BAS – 03/07/2014)

domingo, 10 de agosto de 2014

MAIS PESADO QUE O CÉU – UMA BIOGRAFIA DE KURT COBAIN de Charles R. Cross


 
País de origem: ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Já disse aqui mais de uma vez: sou fã de biografias. E quando tenho oportunidade de ler uma realmente boa, preciso recomendá-la a vocês.

E esta é maravilhosa.

Este livro revela de maneira profunda a alma de um dos personagens mais exóticos da música mundial.

Charles Cross, seu biógrafo, narra a vida de Kurt Cobain desde a infância (o que poderia ter dado muito errado em termos de biografia, principalmente por tornar a história longa e detalhada demais) e constrói o astro “peça por peça”, nos auxiliando na análise (se é que é possível) de sua conturbada personalidade.

No final da leitura, não resisti: ouvi toda a discografia novamente e percebi que certas coisas, realmente, ficam ainda melhores com o tempo. (B.A.S. – 05/05/2014)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO de José Saramago



País de origem: PORTUGAL

O olhar atento de José Saramago, o olhar humano de José Saramago, o sensível olhar “cristão” do ateu José Saramago. Paradoxal? Sim. Mas para Saramago, completamente possível.

Saramago faz a vez de um quinto evangelista bíblico e narra da concepção de Maria, (e todos os dramas humanos em decorrência disso) até a paixão de Jesus Cristo. E apesar de sua condição de avatar, messias, Filho do Pai, o autor nos entrega um homem humano, em todas as suas dimensões.

O escritor não profanou em nada a historia sagrada. Muito pelo contrário: lhe dá novas cores, faz exalar seus cheiros, revela dúvidas e inseguranças de seus principais personagens.

É quase a renovação de um gênero que não precisava ser renovado. Mas Saramago nos reconta uma história que não cansamos de ouvir, principalmente por ser pelas suas palavras. (B.A.S. – 08/04/2014)

terça-feira, 15 de julho de 2014

A PRIMAVERA DO DRAGÃO – A JUVENTUDE DE GLAUBER ROCHA de Nelson Motta


 
País de origem: BRASIL

Não sei como ele consegue, e bem, ser um biógrafo tão intenso. Alguém que vai além de fazer uma linha do tempo de um determinado personagem. Sendo biografia, Nelson Motta vive o biografado. Veste sua roupa, come sua comida, vê com seus olhos.

Toda a intensidade da vida do cineasta Glauber Rocha, retratada de forma intensa, como o próprio Glauber era, derrama para os nossos olhos leitores.

A vida de Glauber Rocha foi tão interessante que, por mais clichê e piadístico que pareça, merecia um filme. (rs)

O maior cineasta brasileiro retratado pelo melhor biógrafo da atualidade. Mesmo quem não gosta de biografia e cinema vai querer ler.

(B.A.S. – 09/02/2014)

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O TEATRO MÁGICO EM PALAVRAS I e II – INSPIRAÇÕES e DIÁLOGOS de Maíra Viana Barros

País de origem: BRASIL

Desdobrado em arte literária, agora, o Teatro Mágico apronta mais uma das suas licenças poéticas. Até clichês viram chicles com eles.

Maíra Viana, parceira de Fernando Anitelli em algumas músicas e, incentivada por ele, transforma as letras do TM em contos e crônicas. Prosa poética ou poesia “emprosada”? Descubra e descubra-se. Permita-se.

 


BRASIL. (O TEATRO MÁGICO EM PALAVRAS II – DIÁLOGOS de Maíra Viana Barros)

 

Parece simbiose, fusão. Anitelli de saias, Maíra é. Clone fêmea do gênio poético do líder do Teatro Mágico. Repetindo o sucesso e a leveza poética do primeiro livro, Maíra “emprosa” a poesia do TM mais uma vez. Mais uma bem sucedida, inspirada e perfeita parceria. Faz parte da trupe sem estar no palco.

Antes de ler os dois livros, vá ao show deles, fique bêbado de sua poesia, não cure a ressaca, vá à praia, brinque com seu cachorro, dê um beijo numa boca gostosa, durma de conchinha, chopinho gelado, brigadeiro de colher e, só assim, leia os livros de Maíra.

 

(B.A.S. – 18/12/2013)

segunda-feira, 30 de junho de 2014


MACONHA: SEMEANDO A DISCÓRDIA

 


Ainda não sei ao certo se vale a pena descriminalizar a maconha ou não. Pelo menos eu penso assim.

Ok! Os efeitos negativos da maconha são quase infantis quando comparados aos do álcool, que é uma droga lícita. Não estou aqui para demonizar o álcool ou santificar a maconha. Não existem santos entre essas substâncias.

A verdade é que ainda falta muita informação. Muita mesmo. Os defensores da descriminalização da maconha vão dizer “leia isto”, “acesse aquilo”, “converse com fulano”. Eu tenho, acreditem: lido, acessado e conversado. Nada me convence.

Nunca fumei maconha. Não tenho nem desejo nem curiosidade. Não espero nem honrarias nem um “muito bom, cidadão”, por isso. Não me considero melhor do que ninguém por isso. Há dois anos me tornei pai e, agora, me preocupo um pouco mais com o mundo que vou deixar para ela. Me preocupo, sinceramente, sobre o possível uso de drogas lícitas ou ilícitas que ela possa fazer no futuro. Então, vivencio esta inquietação de agora.

Haverá diálogo, assim espero, entre eu e ela. Espero que meus argumentos e meu exemplo a influencie positivamente.

O problema é o mau uso que se faz dessas substâncias. Você sabia que o êxtase (MDMA) foi desenvolvido em laboratório para ser um medicamento no combate da depressão e da ansiedade? O problema é o mau uso das pessoas não-doentes e o comércio ilegal envolvido nisto.

Você sabia que a cocaína já foi vendida com estimulante em farmácias e que o cigarro de maconha (antigamente chamado de cigarro indígena) era consumido livremente como um cigarro comum e bastante defendido por suas propriedades relaxantes? Ambos a pouco mais de 100 anos atrás.

Alguém pode dizer assim: a maconha está curando até o câncer. Não é bem assim. Maconha não cura nada, pelo menos ainda nada foi comprovado cientificamente. Nem se pode usar pessoas doentes para justificar o uso da maconha na sua forma “recreativa”. Ela é usada em testes nos pacientes de câncer na prevenção de convulsões de difícil controle, caquexia (fraqueza generalizada), inapetência, náuseas causadas pela quimioterapia. Na esclerose múltipla e no glaucoma também tem seus resultados positivos. Não cura, mas atenua sintomas. Já venci um câncer e sei dos desagradáveis efeitos colaterais da quimioterapia.

Como esses pacientes podem se beneficiar das propriedades terapêuticas da maconha atualmente? Fumando um baseado? Claro que não. Através do canabidiol (substância derivada da maconha. É referente a 40% do composto). Teste em humanos revelam-se bem promissores e muitos resultados positivos. O canabidiol é administrado via oral em quantidades específicas, não causa dependência, nem traz ao paciente qualquer efeito da maconha fumada. O problema, novamente, eu repito, é o mau uso que se faz dessas substâncias e o comércio ilegal envolvido nisto.

Alguns militantes pró-liberação da maconha veem no Uruguai a sua nova Ilha do Paraíso. Mujica, seu presidente, político arrojado e corajoso, com muita seriedade, aprova a liberação do consumo entre os uruguaios (turistas estrangeiros estão proibidos) da maconha. O governo uruguaio permite o consumo máximo anual de 480g por pessoa, sempre adquirida em farmácias autorizadas desde que o usuário seja colocado em um cadastro nacional. Sem o cadastro, nada feito. Os usuários que insistirem em adquirir o entorpecente de traficantes serão punido no rigor da lei local. Ou seja, combate ao tráfico de drogas naquele país continua e é tratado de maneira muito séria. Será esse um bom passo? Teoricamente sim, mas o tempo dirá melhor.

Alguém pode ainda falar das questões sociais envolvidas em relação ao tráfico de drogas ou como isto é vivenciado nas camadas mais pobres da população. As mortes prematuras, a banalização da violência, o crescimento das facções criminosas (em território e influência), a superlotação dos presídios, a desvalorização da escola, a desconfiança sobre a polícia.

Todos esses, e outros, são problemas que todas as sociedades que vivenciam o tráfico de drogas precisam se organizar para discutir, formar opinião e, principalmente, agir na resolução dos problemas. Mas algo que, com certeza atrapalha, são pessoas de todas as classes sociais, fumando baseados de suas janelas ou varandas, fazendo questão de esquecer onde foi comprada e quem vendeu a erva. O problema é seu, usuário ou não.

 

(B.A.S. – 29/05/2014)       

quinta-feira, 26 de junho de 2014

VAI TER COPA


Vai ter copa

Sei que muitos brasileiros não concordam com a maneira como a Copa do Mundo foi produzida aqui no Brasil. Eu sou um deles. Gastou-se muito dinheiro (bem além do previsto), obras dos aeroportos inacabadas, pessoas desalojadas sobre o argumento de “urbanização e dinamização do espaço urbano”, protestos por todo o território nacional.

É nosso direito, como cidadãos, protestar sobre tudo aquilo que vemos de errado e não concordamos, porém, protestar agora achando que a copa não vai acontecer, não irá dar certo. Vai ter copa.

Precisamos “arrumar nossa casa”, fiscalizar melhor nossos políticos e suas ações. Os turistas e as seleções que estamos recebendo neste momento para o evento, merecem ser bem tratados e não têm culpa sobre os nossos problemas internos. Vai ter copa.

Será que realmente adianta fazer protesto perto dos estádios em dia de jogo? Não teria sido melhor ter protestado no dia da votação para a escolha da cidade-sede há alguns anos atrás? Não me lembro de nenhum protesto do tipo na época.

Já conhecíamos, de longa data, os políticos que estavam e ainda estão no poder e são os responsáveis por essa farra com o dinheiro público para realização deste evento. Confiamos que daria certo, queríamos que desse certo. 64 anos depois de ter sediado pela última vez aqui a Copa, pensamos ser capazes de fazer uma bela festa. E somos. Só não pensávamos que a cara de pau e coragem dos políticos corruptos fosse maior que nossa vontade de festejar.

Reparou como o povo não está muito empolgado?

Recordo-me perfeitamente das Copas de 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010. Todas essas últimas cinco copas foram fora do Brasil e me lembro perfeitamente da nossa empolgação, dos moleques pedindo dinheiro para os carros que passavam para decorar suas ruas, dos moradores cedendo seus muros para os desenhos de mascotes e frases de incentivo, as caricaturas dos jogadores. Agora, na de 2014, tenho visto tão pouco movimento, tão pouca decoração, que parece que a Copa será realizada nos confins da China e não passará na televisão.

É nossa obrigação e questão de educação, fazer o melhor trabalho possível. Vai ter copa. E que venham os adversários! Vai Brasil!

 

(Bruno A. da S. Seabra. Crônica. junho de 2014)

terça-feira, 24 de junho de 2014

MARINA de Carlos Ruiz Zafón


País de origem: ESPANHA 

Uma história de amor  e amizade numa atmosfera de mistério, suspense e com toques de terror.

Oscar Drai, nosso protagonista, menino curioso e inquieto, residente de um internato escolar católico em Barcelona, nas suas horas de tédio gosta de explorar as ruas da velha cidade. Numa dessas expedições conhece Marina. Por ela e com ela Oscar vive novas aventuras no melhor estilo Stephen King e um amor.

Zafón, neste seu livro despretensioso, consegue dar mais do que um novo frescor ao gênero. Mostra que histórias simples, quando bem contadas, são indispensáveis de serem lidas.

Uma história recheada de crimes, experiências médicas bizarras, arrependimentos, obsessões, assassinatos e doenças, são o pano de fundo. Neste cenário Oscar amadurece e se torna homem, faz amizades sólidas, sente o bafo gelado da morte, conhece o amor e a solidão.

Linda história, como um dia de sol morno num inverno rigoroso.

 

(B.A.S. 03//03/2014)

quarta-feira, 26 de março de 2014

A VIDA QUE NINGUÉM VÊ de Eliane Brum


 
País de origem: BRASIL

O gênero crônica é bastante utilizado por profissionais de diversos seguimentos: médicos, psicanalistas, estudantes, curiosos e, não por acaso, em boa parte das vezes, jornalistas.

Jornalistas são amigos das palavras, assim como os escritores da literatura. A crônica é “bígama”, namora ao mesmo tempo a reportagem e o conto. E esta história de amor a 3 é exatamente bem executada pela jornalista Eliane Brum.

A partir de personagens reais da cidade de Porto Alegre e outras também do Rio Grande do Sul, o toque literário é dado na dose exata para dar um colorido especial para personagens que aos olhos da grande maioria, são em preto e branco.

Trazendo o poético para o prosaico, colorindo o cotidiano, valorizando o comum.

Excelente leitura esta coletânea de crônicas, para qualquer idade.

 

(B.A.S. – 13/01/2014)

domingo, 9 de março de 2014

BENJAMIM de Chico Buarque


País de origem: BRASIL

Maravilhosamente talhado dentro de uma estética pós-moderna e contemporânea, Chico Buarque narra a decadente e confusa história de Benjamim Zambraia. Ator de comerciais e garoto-propaganda de produtos que não existe mais, ele tem apenas uma vontade: dar combustível a sua obsessão: Ariela Masé.

Amor, desejo, vontade e confusão em sua cabeça. (Na dele e na do leitor).

A cada personagem apresentado uma mini-história se apresenta. Parecem paralelas a principal, ou complementares, mas não.  É apenas uma história, onde várias menores a compõem e se desenrolam simultaneamente.

Único, mais uma vez, mostrando-se completo e perfeito.

(B.A.S. 23/02/2014)

quinta-feira, 6 de março de 2014

PURGATÓRIO – A VERDADEIRA HISTÓRIA DE DANTE E BEATRIZ de Mario Prata


 
País de origem: BRASIL

Livro muito bem humorado. Um besteirol policial repleto de piadas inteligentes, situações exageradas e diversas (e leves) referências ao “Inferno” de Dante Aliguieri (A Divina Comédia).

Dante Alberto (nosso herói) é um bancário que mesmo depois de vários anos, ainda pensa na sua namorada da juventude: Beatriz. Uma doce compulsão.

O espírito de Beatriz convida Dante para viver este amor do passado, no purgatório. A missão de Dante, a partir daí, é pecar na medida certa e planejar a própria morte.

Mas e seu emprego? Sua esposa? Seu amigo Virgílio? E o Santo Daime? E o exorcismo? E o fato que Beatriz já morreu?

Tudo isto acima compõe o enredo desta história mais que divertida.

Leia e divirta-se.

 

(B.A.S. – 07/11/2013)

domingo, 2 de março de 2014

O TRISTE FIM DO PEQUENO MENINO OSTRA E OUTRAS HISTÓRIAS de Tim Burton


 
País de origem: ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Eu sou muito suspeito para falar: adoro poesia e adoro Tim Burton (pelos filmes, é claro).

Mas desconhecia completamente sua faceta de poeta. Assim como nos seus filmes, Burton mantém sua atmosfera macabro-esquisito-bizarra também em seus versos.

São poemas singelos e interessantes, com seu toque bizarro inconfundível.

Lendo esta antologia, não se esqueça de dar atenção para “Garota Vodu”, “O menino de pregos nos olhos” e “Carboninho”.

Boa leitura.

 

(B.A.S. – 02/11/2013)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A CANÇÃO DE TROIA de Colleen McCullough


 
País de origem: AUSTRÁLIA

Todas as histórias épicas referentes aos 10 anos que precederam a famosa Guerra de Tróia, bem como a própria, reunidas em um único livro. Será isso possível? Daria certo? Sim, e como deu certo.

A escritora australiana Colleen, com maestria, nos conduz pelas épicas e incríveis histórias contadas pelos grandes poetas da antiguidade. História e Literatura misturados, casamento perfeito, na antiguidade e na atualidade.

O mérito da senhora McCullough está, principalmente, no estilo de narrativa escolhido para seu livro.

Todo o livro é narrado em 1ª pessoa, mas com uma curiosidade: os principais personagens atuantes na história, se alternam na narrativa. Sendo assim, vários pontos de vista são revelados, trazendo detalhes e especificidades até então alijados.

Príamo, Agammenom, Aquiles, Ulisses, Menelau, Helena, Paris, dão voz, cor, rosto, corpo, emoção e mágica, a uma história que, por si só, já se basta.

 

(B.A.S. – 20/07/2013)

domingo, 9 de fevereiro de 2014

100 CORDÉIS HISTÓRICOS SEGUNDO A ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL organizado por Gonçalo Ferreira da Silva


País de origem: BRASIL

Com sua sede no boêmio bairro carioca de Santa Teresa, a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, luta diariamente para a preservação de um dos maiores bens culturais do Brasil: o cordel.
O atual presidente da Academia, o também cordelista e poeta Gonçalo Ferreira da Silva, é o organizador (ninguém melhor do que ele, por sinal) desta antologia.
Imperdível para os admiradores da nobre arte, ou para aqueles que, ainda, infelizmente, desconhecem.

(B.A.S. – 16/01/2013)  

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O FAZEDOR DE VELHOS de Rodrigo Lacerda


 
País de origem: BRASIL

Não. Não é um desses contos de fadas ou de bruxas que desenvolvem poções que fazem “coisas” em pessoas ou objetos.

O Fazedor de Velhos é o livro. Qualquer bom livro com uma boa história para contar.

Um livro amadurece a alma de alguém sem torna-la velha. É amadurecer no sentido de perder o “verde” da ignorância.

Nosso protagonista perde seu verde ao encontrar um mestre. É orientado por ele, decide trocar de curso universitário, inspira-se e torna-se velho, um novo velho cheio de vitalidade.

Leitura para amadurecer sem envelhecer.

 

(B.A.S. – 19/12/2013)

sábado, 1 de fevereiro de 2014

FEIA de Constance Briscoe

País de origem: INGLATERRA

Corajoso relato biográfico de Constance Briscoe que, atualmente é juíza (uma das primeiras mulheres negras a presidir um tribunal no Reino Unido), mas que na infância e pré-adolescência sofreu com maus tratos, fome forçada, humilhações públicas e espancamentos.


Todos proferidos pela própria mãe, gratuitamente, sem razão. Mãe-monstro que nunca mediu conseqüências em castigar, humilhar, agredir e ofender. Mas, sem querer, esculpiu um diamante bruto, alguém único, incrível e surpreendente.

A história de Constance é inspiradora pela sua luta, literalmente, pela sobrevivência. Ao mesmo tempo nos envergonha, ao percebermos que muitas outras mães-monstros estão soltas por aí, traumatizando e fazendo cicatrizes na alma.

Na alma de quem lê, na alma dela que viveu tudo, na alma até dos indiferentes.

Nunca li algo tão violento assim. Nunca li algo tão inspirador assim. Nunca li algo tão bonito e real assim.

Obrigado Constance, por aprender sem apanhar, com você.

(B.A.S. – 22/05/2013)