Sávio era um pássaro como outro qualquer. Sávio já estava bem grande. O que proporciona um certo aperto no ninho onde nascera. Sávio morava com os pais num galho formoso e repleto de folhagens de uma amendoeira. O ninho foi confortavelmente construído em uma delicada bifurcação deste galho.
Deixando de lado agora a moradia, falemos do dilema de Sávio. Sávio era uma sabiá quase adulto. Um belo exemplar de sabiá-laranjeira. Um imponente peito alaranjado era seu motivo de maior orgulho. E graças a essa imponência e crescimento precoce, Sávio precisava de uma casa só sua.
Despediu-se dos pais e alçou vôo sobre o capoeirão. Sávio planava, planava, planava, e nada de encontrar um galho tão formoso quanto o da sua família. Decidiu parar para descansar no galho de uma mangueira.
Ao pousar, percebe a presença de outro pássaro. Percebe que o outro pássaro tem um pouco de palha no bico. Percebe que o outro pássaro é uma fêmea...
O que Savio não percebe, é que tinha encontrado o amor.
Sua nova família
e sua casa no início da construção...
(B.A.S. 19/02/2002)
Nenhum comentário:
Postar um comentário