ALGARAVIAS de Waly Salomão

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ALGARAVIAS de Waly Salomão

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

NA CADEIRA

Estou ali,
sentada naquela cadeira
olhando as fotos antigas...

Como elas deixam saudade.

Sinto uma coisa estranha,
como um vazio dentro do meu peito.

Aquelas histórias de verão,
o calor, o céu azul.
E a noite,
a mais perfeita lua,
que com o vento balançava meus cabelos.

E nós, sentados na areia,
com aquela noite linda.
A tristeza não existia dentro
dos nossos corações.

Parecia que naquele momento,
tinha uma caixa,
e conosco um enorme desejo.

Sabe o que existia dentro daquela caixa?
A felicidade,
que acabamos de encontrar.

É como a criança que queria um brinquedo
há tempos,
e o encontrou.


Quando terminei de olhar as fotos
e lembrar de tudo,
comecei a não ficar mais lamentando
pelo passado.

Queria novidade e
novidade.

Então peguei a estrada
e segui minha jornada.

Meu voo foi longo
mas cheguei

Quando percebi que havia deixado tudo para trás
me dei conta do que fiz.

Amizades acabadas pela minha ignorância
de tentar esquecer tudo...

Apoiei-me na mesa,
peguei minha roupa
e coloquei-a no varal.

Nessa mesma hora uma blusa se rasgou.
Percebi que ela não caiu.
Ficou pendurada
por um fio.

E qual era a cor dele
Qual era?

Vermelho?
Isso me faz mudar.

Escrevi a letra de uma música,
a do nosso amor.

Você veio ao meu encontro,
subimos no telhado.
E a melhor coisa que senti
foi a sua boca

Perto da minha.


(Luiza Sampaio - minha aluna do 8º ano do Instituto Social Afonso Santos)

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